Em 1981 não havia internet e nem cartão de crédito
com a operacionalidade de hoje. As passagens aéreas eram emitidas com bilhetes
em várias cópias carbonadas. Não havia cobrança de lugares, havia
flexibilidade nas bagagens. Mas eram outros tempos...
Num dia qualquer de julho de 1981 partimos nas asas
da VARIG do aeroporto de Santarém para Manaus e de lá para Iquitos, na Amazônia peruana, e depois Lima. Não
tínhamos a menor noção de como chegar em Lima e muito menos em Machu Pichu,
nosso destino principal. Tudo a partir da leitura de um artigo na revista
"Sentinela", se não falha a memória.
Chegamos em Machu Pichu, depois de passar por Lima,
Arequipa (de ônibus) Juliaca e Puno (trem) e Cusco (trem). Com certeza, apesar
de todas as dificuldades de orçamento e a falta de informações prévias, foi uma
das melhores e inesquecíveis viagens que fizemos. Essa parte histórica peruana
é caminho obrigatório para quem é latino americano de sangue nas veias, para
quem deseja contemplar de perto a espetacular cordilheira dos andes e, de
quebra, tentar entender porque os colonizadores foram tão cruéis.
Estamos voltando para sentir novamente a magia de
Machu Pichu, a indescritível paisagem do lago Titicaca, a truta, o ceviche, a
lhama, os símbolos incaicos e a música das quenãs. Vamos contar isso aqui, com
todos os detalhes objetivos que julg
amos uteis para qualquer viajante independente.